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Encontro Latino-Americano de Cinema Experimental – Festival Dobra (Brasil)

No final do mês estaremos desde @hambrecine participando do @dobrafestival fazendo parte do Encontro Latino-Americano de Cinema Experimental junto a colegas do continente que admiramos muito como @criticademonica (Peru), @angela_lopez_ruiz (Uruguai) , @pablomazzolo (Argentina) e @iconofobia (Brasil).

Com curadoria de @swiedemannfilms apresentaremos também o programa «Plasticidades da Memória: Cinema Experimental Colombiano Recente» com filmes de @maria.rojas.a , @andresjurado , @lavulcanizadora , @laura_huertas_millan , Daniel Cortés @juansotismo

Programa Plasticidades da Memória

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Programa Plasticidades da Memória: Cinema Experimental Colombiano Recente

Curadoria_ Sebastian Wiedemann

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30/ SET | 16h30_ Cinemateca do MAM-RJ
> Sessão seguida de conversa com o curador Sebastian Wiedemann

05/OUT | 18h_ CCSP

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Nos mais diversos espectros do cinema colombiano, passando por filmes clássicos como “Agarrando pueblo” (1977), de Luis Ospina e Carlos Mayolo, ou “Rodrigo D. No futuro” (1990), de Victor Gaviria, haveria uma insistência até certo ponto eclipsante que passaria pela presença exacerbada da violência e do narcotráfico e suas consequências. Dois pontos sobre os quais estaria oscilando constantemente a história do século XX e do que vai ao século XXI do país, assim como do seu cinema. Diante de um dever de uma memória histórica e de reparação, não nos caberia dizer que as imagens de guerra e violência tem se tornado clichês. No entanto, diante do devir da história e das imagens, nos caberia re-inventar, em todo caso, um outro modo de nos relacionarmos com estas, como gesto de resistência diante de uma História em maiúscula que com frequência quer sedimentar o sentido das imagens. Problema que o cinema experimental recente do país tem encarado ao dar lugar a uma certa plasticidade da memória para além de relatos oficiais, onde a memória é material para estórias e não só prova e documento para a História. Plasticidades da memória onde as imagens de guerra, violência e narcotráfico se tornam porosas e se dispõem a compor ecologias e constelações com outros tipos de memórias e arquivos. Um devir minoritário da memória que é acolhido pelos filmes que aqui apresentamos. Neles, embora todos tenham sido realizados na última década, se abre um arco temporal entre 1929 e 2012 emaranhando memórias do país com memórias íntimas das e dos realizadores, assim como com memórias anônimas e especulativas. Diálogos entre tempos, entre o público e o privado, entre o ontem, o hoje e o que poderia acontecer ou poderia ter acontecido. Uma vontade não só por compreender a história, mas por abrir nela outras estórias. Vontade que faz destes filmes gestos intempestivos, onde a memória ganha plasticidades impensadas ao se fazer profundamente generativa experimentando e compondo relações e intervalos inadvertidos. Filmes de uma geração nascida em meio ao fervor da violência e do narcotráfico dos anos 1980 e que sabe que para resistir não basta o arquivo como documento, mas que é preciso fazer dele combustível para fazer cintilar e fulgurar imagens ainda por vir para o cinema, para sua história e a do país.

Sebastian Wiedemann
Curadoria

ABRIR MONTE
de Maria Rojas Arias. Colômbia, 2021, 25’

EL RENACER DEL CARARE
de Andrés Jurado. Colômbia, 2020, 20’

EL LABERINTO
de Laura Huertas Millán. Colômbia, 2018, 21’

84
de Daniel Cortés. Colômbia, 2020, 13’

OLSO
de Juan Soto. Colômbia, 2012, 19’

 

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